Livros paradidáticos e didáticos
O termo paradidático é de uso brasileiro, criado nos anos 70, pelo professor e diretor da editora Ática da época (MUNAKATA, 1997). Termo esse que diferencia obras que não têm a mesma característica do livro didático.
Nesse sentido, os livros didáticos são ferramentas que auxiliam docente e discente no processo de ensino e aprendizagem, caracterizando-se por apresentar conteúdos adequados ao currículo de cada segmento de ensino e também atividades. O livro paradidático se apresenta como um material que não tem o rigor formal do livro didático, ou seja, não estabelece uma sequência de conteúdos propostas pelos currículos oficiais. Pode ser uma ferramenta que complementa o livro didático, como material de consulta, de apoio às atividades de estudantes e professores (MUNAKATA, 1997).
O livro paradidático, então, é um material que traz em seu corpo os aspectos do lúdico, desprendido da formalidade, com o intuito de ampliar as possibilidades de perceber um determinado assunto, podendo ser um material de referência, tanto para o professor quanto para o estudante.
No que se refere ao conteúdo matemático para o ensino, Andreia Dalcin (2007) apresenta três tipos de livros paradidáticos, considerando suas características para a abordagem do conteúdo, sendo estes, então, “Paradidáticos que abordam o conteúdo matemático a partir da História da Matemática, Paradidáticos que abordam o conteúdo matemático a partir de narrativas ficcionais, Paradidáticos que abordam o conteúdo matemático a partir de um contexto pragmático” (DALCIN, 2007, p.30-33).
Acreditamos que existe a possibilidade de se articular diversas áreas de conhecimento e, nessa perspectiva, entendemos que é possível utilizar obras literárias que não tenham explícitas o direcionamento para a Matemática em seu ensino. Esse recurso pode vir a contribuir com o docente no que se refere à pesquisa e a buscas de materiais que o auxiliem no processo de ensino.