Sobre a aquisição e constituição dos materiais para o LEM, inicialmente, e ao longo da existência do espaço pode-se:
I- Confeccionar materiais.
Essa ação pode ser desenvolvida por professores, estudantes, pais e colaboradores possibilitando:
- Promover a participação da comunidade escolar para auxiliar na montagem do LEM e confecção de materiais;
- Confeccionar materiais durantes as próprias aulas, juntamente com os estudantes e professores, utilizando recursos que a própria escola tem e materiais recicláveis;
- Aproveitar materiais que geralmente se encontram guardados no ambiente das escolas, como o material dourado e jogos;
II- Adquirir materiais. (compra, doação)
Ao longo do tempo, a instituição escolar, com a aprovação do coletivo e de seus representantes nos conselhos escolares, poderá também ir adquirindo aos poucos ou ampliando os materiais do LEM; além disso, é possível buscar parcerias e apoio financeiro com empresas privadas e com o comércio local.
É importante considerar, também, o seu aspecto físico, no que se refere à materialidade (materiais, mobiliário) que compõe o espaço, informações e disposição de mobiliário, pois um ambiente assim organizado, alimentando o lado visual, oferece “um clima que predispõe uma pessoa sentir determinadas sensações, assim como vontade e predisposição para manifestar específicos comportamentos, distintas ações, diferentes atitudes” (PENIN, 1997, P.1).
É de suma importância que o docente escolha os materiais que ali deverão estar, pois “os professores desempenham um papel importante na criação de ambientes matemáticos que forneçam aos alunos representações que ampliem seu pensamento” (MOYER, 2001, p.4). Por isso, ao se escolher a materialidade do LEM, é considerável que o docente tenha em vista o público ao qual se quer atender, suas especificidades, e intencionalidade de ensino.
No ensino fundamental, independentemente do ciclo, o apelo visual e tátil é evidente. A escolha dos materiais, nesse espaço, deve considerar “a ampliação de conceitos, a descoberta de propriedades, a percepção da necessidade do emprego de termos ou símbolos, a compreensão de algoritmos” (AGUIAR, 2009, p. 3). A essa proposição, acrescenta-se que também devem ter materiais que instiguem o raciocínio lógico, características essas que devem ser mantidas para os anos finais.
Reconhecendo as condições financeiras das instituições públicas e com o intuito de se ter um projeto tangível, defendemos que os materiais sejam de uso comum aos segmentos do ensino fundamental, sendo plausível diversificar a abordagem e os objetivos.
Para que se tenha uma lista de materiais que contemple várias abordagens, com o intuito de favorecer o ensino de Matemática, sugerimos também que esta deva ser composta por revistas, livros didáticos e paradidáticos de Matemática ou relacionados à Matemática. Assim como tenha materiais construídos pelos discentes e docentes, sempre levando em conta as especificidades de cada segmento do ensino fundamental.
Em relação ao mobiliário, acreditando em um trabalho que privilegie a abordagem de grupo, sugere-se que, no LEM, as mesas contemplem essa organização, podendo ser redondas, quadradas, hexagonal, ou seja, que possibilitem que os estudantes estejam em grupos. Caso a escola não tenha esse mobiliário, propõe-se que se organizem as próprias carteiras, comuns de sala de aula, no formato que contemple a acomodação de um grupo.
Para acondicionar os materiais, é importante considerar uma organização em que fiquem expostos, podendo estimular a curiosidade dos estudantes. Então, sugere-se que, no LEM, os materiais sejam acomodados de forma mais livre, sem estarem trancados ou fechados em armários.
A conservação desse espaço e de sua materialidade é uma questão que pode aparecer como dificultador, entretanto, a responsabilidade de manter o espaço e sua materialidade é dos docentes e discentes, sendo mútua.
SUGESTÕES DE MATERIAIS PARA O LEM