Inicialmente, o material didático (MD) é apresentado por Sérgio Lorenzato (2006) como qualquer instrumento útil ao processo de ensino-aprendizagem. Nessa concepção, o MD pode ser vídeos, jogos, folhas de papel, mural, livros, imagens, pincel, lápis diversos, régua, compasso, transferidor, entre outros. Vale ressaltar que, ampliando essa concepção, entende-se que o material didático pode ir além dos próprios materiais clássicos, com fins didáticos, do ambiente escolar. Quanto a isso, considera-se também aqueles que são do uso do dia a dia, adaptados para um propósito pedagógico, como palitos de picolé, tampinhas, entre outros. Considera-se, assim, um bom MD aquele que apresenta aplicabilidades para modelar um grande número de ideias matemáticas (PASSOS, 2006).
Para viabilizar o trabalho no LEM que adote uma extensão de estratégias, demanda-se uma abordagem com diferentes materiais e, dessa maneira, consideramos que os que aqui serão apresentados ofertam possibilidades do fazer e podem propiciar reflexões pelos estudantes sobre o seu fazer, permitem, também, que o discente se posicione frente às situações, apresentando argumentações e dialogando com seus pares.
Ademais, para o uso desses recursos, é importante a apropriação do docente para pautar a sua finalidade e seu uso. A escolha do recurso pelo docente é um fator que interfere na dinâmica da aula, em seu propósito e nas análises possíveis de se estabelecer com o uso destes. Por isso, indicamos que o professor:
Dedique um tempo do planejamento para manusear e testar o recurso escolhido.
Conheça o material.
Assim, a utilização desses recursos permite que o professor assuma um papel diferente do exposto em uma sala de aula convencional e, para além disso, permite que o docente associe a sua prática à reflexão do seu fazer.
Dessa maneira, acredita-se que o uso dessas materialidades, em espaço apropriado, que oferte condições de trabalho e promova a integração e participação ativa dos discentes - e aqui se considera o LEM - pode auxiliar o docente e a própria escola a redimensionar a sua visão sobre ensino e sobre o que é aprender. Além disso, amplia as oportunidades de significar o ensino de Matemática, oportunizando vivências relevantes aos estudantes.